quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A lei antifumo


Entendo perfeitamente a proibição do fumo em lugares públicos fechados. Os motivos alegados pelos criadores e defensores da lei são consistentes, o que eu não aprovo é a punição aos donos dos estabelecimentos. Se alguém deveria ser punido, este alguém deveria ser o fumante que pratica o ato de fumar em um local onde se sabe ser proibido.

Digo isto porque, em época de crise, o governo ao punir os proprietários dos estabelecimentos, só estarão compartilhando para o cada vez pior rumar dos negócios. A verdade é que o comerciante se encontra em uma sinuca de bico: se chama a atenção de um cliente que insiste em fumar, corre o risco de perdê-lo, pois, se achando reprimido, poderá ir para um outro estabelecimento – e no Rio de Janeiro bares e restaurantes pululam em cada esquina – enquanto que aquele que, tentando manter os seus clientes à vontade, não preze muito muito pelo cumprimento da lei, tem grandes chances de ser pego pelos fiscais que certamente estão trabalhando a toda, uma vez que, falemos abertamente, o assunto está na boca do povo e nas páginas da imprensa, e esta é a força motriz do trabalho eficiente dos órgãos públicos.

Mas basta matutarmos um pouco e chegaremos à uma conclusão básica: a multa para uma pessoa jurídica tende a ser maior do que aquela destinada a uma pessoas física. Perece que essa lei nada mais é do que um instrumento a mais para a arrecadação de dinheiro por parte do Estado. Começou em São Paulo, o Rio de Janeiro embarcou e outros estão demonstrando interesse. Interessante, não?

sábado, 18 de abril de 2009

Genuflexório


Tinha que ficar careta o dia todo. Nada de branquinha naquele dia, só no dia seguinte ia ter grana. Se eu comprasse garrafa – tá sentindo o cheiro? - seria muito mais econômico; uma garrafa custa cerca de duas pratas e isso eu gasto com umas duas doses e sem as balas para disfarçar o cheiro. Mas sabe aquela história de comer melado e se lambuzar? É isso ai.

O ofício de guardador de carros é duro, não é pra qualquer um, não. Seguro o tranco por conta dos traguinhos. Santos traguinhos. Terá sido o homem que nos possibilitou o álcool canonizado? E terá sido aquele que disse que álcool só com grana excomungado? Safado!

terça-feira, 31 de março de 2009

O sintoma das comparações


É inerente ao ser humano as comparações, assim como as competições. A diferença é que a primeira envolve o outro e a segunda a nós mesmos, ainda que estejamos apenas em segundo plano, como é o caso do torcedor.

Mesmo que não seja possível uma comparação, digamos, justa entre certos assuntos ou obras, o homem – o sapiens – não consegue resistir a tentação da cachaça esperando no copo em cima do balcão. A mais recente, ou ao menos mais difundida é associada a Watchmen: seria o filme tão bom quanto a HQ? – ou graphic novel para aqueles dependentes de termos em inglês.

Digo que a comparação é injusta porque sempre faltará elementos em adaptações literárias para o cinema; ou por falta de tempo, ou porque o dito elemento funciona em seu veículo original e não na sétima arte. Por exemplo, um aprofundamento psicológico do personagem através de diálogos internos durante páginas e páginas é caro à literatura, mas quando transposto para o cinema pode ser enfadonho se não for feito por pessoas realmente capacitadas.

As 11 artes



Certamente muitos já ouviram as pessoas se referirem ao cinema como a “sétima arte”. Mas e as outras? Qual seria a ordem?

Quem cunhou o termo – ou pelo o menos o tornou mais conhecido para o grande público – foi o crítico de cinema italiano Ricciotto Canudo, no Manifesto das Sete Artes.

Para os curiosos de plantão, segue abaixo a classificação mais comumente aceita por todos.

Primeira arte - música (som);
Segunda arte - dança/coreografia (movimento);
Terceira arte - pintura (cor);
Quarta arte - escultura (volume);
Quinta arte - teatro (representação);
Sexta arte - literatura (palavra);
Sétima arte - cinema (integra os elementos das artes anteriores somado a 11ª);
Oitava arte - fotografia (imagem);
Nona arte - arte sequencial (quadrinhos);
Décima arte – videogame;
Décima primeira arte - arte digital (integra artes gráficas computadorizadas 2D, 3D e programação).

segunda-feira, 16 de março de 2009

Ambrosia

Todos os dias. Não falhava. Eu ouvia um bater na porta. Quando eu conseguia juntar forças para atender, o bater cessava e a pessoa não mais estava. Pensei ser obra dessa pivetada.

Mas o bater era diário. Diria até trabalho escravo, uma vez que não havia folga, e até onde sei, sem remuneração.

Minha ressaca concordava.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Terra a vista


“Terra a vista”, disse-me o vendedor no encalço de sua meta diária.