domingo, 27 de junho de 2010

Copa do Mundo


A Copa do Mundo nada mais é do que o patriotismo datado. De quatro em quatro anos os brasileiros sentem, ao menos exteriorizam, um orgulho sem igual em ser filho dessa pátria. Se há alguma verdade nesse sentimento ou se não passa de uma desculpa para ficar duas horas sem trabalhar e mesmo assim ganhar, são outros quinhentos.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A lei antifumo


Entendo perfeitamente a proibição do fumo em lugares públicos fechados. Os motivos alegados pelos criadores e defensores da lei são consistentes, o que eu não aprovo é a punição aos donos dos estabelecimentos. Se alguém deveria ser punido, este alguém deveria ser o fumante que pratica o ato de fumar em um local onde se sabe ser proibido.

Digo isto porque, em época de crise, o governo ao punir os proprietários dos estabelecimentos, só estarão compartilhando para o cada vez pior rumar dos negócios. A verdade é que o comerciante se encontra em uma sinuca de bico: se chama a atenção de um cliente que insiste em fumar, corre o risco de perdê-lo, pois, se achando reprimido, poderá ir para um outro estabelecimento – e no Rio de Janeiro bares e restaurantes pululam em cada esquina – enquanto que aquele que, tentando manter os seus clientes à vontade, não preze muito muito pelo cumprimento da lei, tem grandes chances de ser pego pelos fiscais que certamente estão trabalhando a toda, uma vez que, falemos abertamente, o assunto está na boca do povo e nas páginas da imprensa, e esta é a força motriz do trabalho eficiente dos órgãos públicos.

Mas basta matutarmos um pouco e chegaremos à uma conclusão básica: a multa para uma pessoa jurídica tende a ser maior do que aquela destinada a uma pessoas física. Perece que essa lei nada mais é do que um instrumento a mais para a arrecadação de dinheiro por parte do Estado. Começou em São Paulo, o Rio de Janeiro embarcou e outros estão demonstrando interesse. Interessante, não?

sábado, 18 de abril de 2009

Genuflexório


Tinha que ficar careta o dia todo. Nada de branquinha naquele dia, só no dia seguinte ia ter grana. Se eu comprasse garrafa – tá sentindo o cheiro? - seria muito mais econômico; uma garrafa custa cerca de duas pratas e isso eu gasto com umas duas doses e sem as balas para disfarçar o cheiro. Mas sabe aquela história de comer melado e se lambuzar? É isso ai.

O ofício de guardador de carros é duro, não é pra qualquer um, não. Seguro o tranco por conta dos traguinhos. Santos traguinhos. Terá sido o homem que nos possibilitou o álcool canonizado? E terá sido aquele que disse que álcool só com grana excomungado? Safado!

terça-feira, 31 de março de 2009

O sintoma das comparações


É inerente ao ser humano as comparações, assim como as competições. A diferença é que a primeira envolve o outro e a segunda a nós mesmos, ainda que estejamos apenas em segundo plano, como é o caso do torcedor.

Mesmo que não seja possível uma comparação, digamos, justa entre certos assuntos ou obras, o homem – o sapiens – não consegue resistir a tentação da cachaça esperando no copo em cima do balcão. A mais recente, ou ao menos mais difundida é associada a Watchmen: seria o filme tão bom quanto a HQ? – ou graphic novel para aqueles dependentes de termos em inglês.

Digo que a comparação é injusta porque sempre faltará elementos em adaptações literárias para o cinema; ou por falta de tempo, ou porque o dito elemento funciona em seu veículo original e não na sétima arte. Por exemplo, um aprofundamento psicológico do personagem através de diálogos internos durante páginas e páginas é caro à literatura, mas quando transposto para o cinema pode ser enfadonho se não for feito por pessoas realmente capacitadas.

As 11 artes



Certamente muitos já ouviram as pessoas se referirem ao cinema como a “sétima arte”. Mas e as outras? Qual seria a ordem?

Quem cunhou o termo – ou pelo o menos o tornou mais conhecido para o grande público – foi o crítico de cinema italiano Ricciotto Canudo, no Manifesto das Sete Artes.

Para os curiosos de plantão, segue abaixo a classificação mais comumente aceita por todos.

Primeira arte - música (som);
Segunda arte - dança/coreografia (movimento);
Terceira arte - pintura (cor);
Quarta arte - escultura (volume);
Quinta arte - teatro (representação);
Sexta arte - literatura (palavra);
Sétima arte - cinema (integra os elementos das artes anteriores somado a 11ª);
Oitava arte - fotografia (imagem);
Nona arte - arte sequencial (quadrinhos);
Décima arte – videogame;
Décima primeira arte - arte digital (integra artes gráficas computadorizadas 2D, 3D e programação).

segunda-feira, 16 de março de 2009

Ambrosia

Todos os dias. Não falhava. Eu ouvia um bater na porta. Quando eu conseguia juntar forças para atender, o bater cessava e a pessoa não mais estava. Pensei ser obra dessa pivetada.

Mas o bater era diário. Diria até trabalho escravo, uma vez que não havia folga, e até onde sei, sem remuneração.

Minha ressaca concordava.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Terra a vista


“Terra a vista”, disse-me o vendedor no encalço de sua meta diária.